Gosto do Leviathan Rock Bar!
Gosto mesmo!
Talvez porque me lembre os rolêzinhos pelos inferninhos mais apertados da capital paulista, durante minha adolescência. Só que agora isso está acontecendo no bairro Aliança, na região da famosa Capelinha, pouco mais de 10min da minha casa.
Tá certo que já não tenho mais a mesma paciência e o mesmo pique para esse tipo de ambiente como antigamente, mas, sempre que estou inspirado, arrisco uma visitinha.
E nessa noite do dia 16, eu estava animado!
Marrones seria a atração do dia!
Sempre tive curiosidade de assistir ao show dos caras, mas algo sempre acontecia e nunca pude comparecer. Mas, desta vez, nada me deteria. E não me deteu!
Chegando ao bar, senti uma atmosfera magnética! Casa lotada, gente interessante interagindo e cerveja barata – junto esse último um dos fatores condicionantes para o sucesso de um evento.
Quando os Marrones subiram ao palco, pareceu como acender uma carreira de pólvora!
O público estava ansioso para explodir a sexta-feira adentro.
Por quase duas horas, a banda incendiou o local!
Por se tratar de uma banda tributo aos Ramones, imaginamos que só rolariam músicas da lendária banda punk de Nova Iorque, mas os Marrones superaram as expectativas, mandando “Dancing with myself” (Billy Idol), “I love Rock and Roll” (Joan Jett), “California über alles” (Dead Kennedys) e uma versão punk rock (do caralho!) para “Pyscho Killer” (Talking Heads)! E ainda houve espaço para algumas autorais, dentre outras.
Me rasgo em elogios à técnica musical de toda banda, mas algo que me surpreendeu e muito foi a flexibilidade vocal de Jean Arara, que se adaptou a cada uma dessas músicas citadas acima com se fosse um camaleão!
Ao fim do show, pude trocar uma ideia com a banda que, embora seja osasquense de coração, tem sua origem em Votuporanga, interior de São Paulo. Onde, uma vez por ano, realizam um show / encontro entre amigos.
O nome Marrones veio de uma situação inusitada, onde um amigo próximo a eles errou o nome “Ramones” em uma conversa em grupo, em um momento em que buscavam um nome para banda, que já fazia algumas covers. Após a tiração de sarro, veio o batismo.
Percebi que cada integrante tem um apelido:
Jean “Arara” – Vocal;
Rodrigo “Português” – Bateria;
Fernando “Mexicano” – Baixo;
Baiano – Guitarra.
Me explicaram o porquê de “Português” (porque o pai do integrante é português de origem) e “Baiano” (que é baiano de origem também). Mas não souberam (ou não quiseram!) explicar sobre “Mexicano” e “Arara”. Até olhei para face de Arara com mais atenção para ver se ele tinha nariz avantajado. Mas não tinha. (Risos!)
Além se receptivos, simpáticos e gente boa, a banda se mostrou virtuosa ao destacar, em quase todos os momentos de nossa conversa, a importância da coletividade para o fortalecimento da cena local.
E em breve, a banda lançará uma coletânea junto a algumas bandas da região. E, com certeza, te traremos mais detalhes sobre esse lançamento.
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